Martha Medeiros
Martha Medeiros (1961) é
gaúcha de Porto Alegre, onde reside desde que nasceu. Fez sua carreira profissional
na área de Propaganda e Publicidade, tenho trabalhado como redatora e diretora
de criação em vária agências daquela cidade. Em 1993, a literatura fez com que
a autora, que nessa ocasião já tinha publicado três livros, deixasse de lado
essa carreira e se mudasse para Santiago do Chile, onde ficou por oito meses
apenas escrevendo poesia.
De volta ao Brasil, começou a colaborar com crônicas para o jornal Zero Hora, de Porto Alegre, onde até hoje mantém coluna no caderno ZH Donna, que circula aos domingos, e outra — às quartas-feiras — no Segundo Caderno. Escreve, também, uma coluna semanal para o sítio Almas Gêmeas e colabora com a revista Época.
Seu primeiro livro, Strip-Tease (1985), Editora Brasiliense - São Paulo, foi o primeiro de seus trabalhos publicados. Seguiram-se Meia noite e um quarto (1987), Persona non grata (1991), De cara lavada (1995), Poesia Reunida (1998), Geração Bivolt (1995), Topless (1997) e Santiago do Chile (1996). Seu livro de crônicas Trem-Bala (1999), já na 9a. edição, foi adaptado com sucesso para o teatro, sob direção de Irene Brietzke. A autora é casada e tem duas filhas.
De volta ao Brasil, começou a colaborar com crônicas para o jornal Zero Hora, de Porto Alegre, onde até hoje mantém coluna no caderno ZH Donna, que circula aos domingos, e outra — às quartas-feiras — no Segundo Caderno. Escreve, também, uma coluna semanal para o sítio Almas Gêmeas e colabora com a revista Época.
Seu primeiro livro, Strip-Tease (1985), Editora Brasiliense - São Paulo, foi o primeiro de seus trabalhos publicados. Seguiram-se Meia noite e um quarto (1987), Persona non grata (1991), De cara lavada (1995), Poesia Reunida (1998), Geração Bivolt (1995), Topless (1997) e Santiago do Chile (1996). Seu livro de crônicas Trem-Bala (1999), já na 9a. edição, foi adaptado com sucesso para o teatro, sob direção de Irene Brietzke. A autora é casada e tem duas filhas.
O medo do
Amor
Medo de amar? Parece absurdo, com tantos outros medos que temos que enfrentar: medo da violência, medo da inadimplência, e a não menos temida solidão, que é o que nos faz buscar relacionamentos. Mas absurdo ou não, o medo de amar se instala entre as nossas vértebras e a gente sabe por quê.
O amor, tão nobre, tão denso, tão intenso, acaba. Rasga a gente por dentro, faz um corte profundo que vai do peito até a virilha, o amor se encerra bruscamente porque de repente uma terceira pessoa surgiu ou simplesmente porque não há mais interesse ou atração, sei lá, vá saber o que interrompe um sentimento, é mistério indecifrável. Mas o amor termina, mal-agradecido, termina, e termina só de um lado, nunca se encerra em dois corações ao mesmo tempo, desacelera um antes do outro, e vai um pouco de dor pra cada canto. Dói em quem tomou a iniciativa de romper, porque romper não é fácil, quebrar rotinas é sempre traumático. Além do amor existe a amizade que permanece e a presença com que se acostuma, romper um amor não é bobagem, é fato de grande responsabilidade, é uma ferida que se abre no corpo do outro, no afeto do outro, e em si próprio, ainda que com menos gravidade.
E ter o amor rejeitado, nem se fala, é fratura exposta, definhamos em público, encolhemos a alma, quase desejamos uma violência qualquer vinda da rua para esquecermos dessa violência vinda do tempo gasto e vivido, esse assalto em que nos roubaram tudo, o amor e o que vem com ele, confiança e estabilidade. Sem o amor, nada resta, a crença se desfaz, o romantismo perde o sentido, músicas idiotas nos fazem chorar dentro do carro.
Passa a dor do amor, vem a trégua, o coração limpo de novo, os olhos novamente secos, a boca vazia. Nada de bom está acontecendo, mas também nada de ruim. Um novo amor? Nem pensar. Medo, respondemos.
Que corajosos somos nós, que apesar de um medo tão justificado, amamos outra vez e todas as vezes que o amor nos chama, fingindo um pouco de resistência mas sabendo que para sempre é impossível recusá-lo.
Medo de amar? Parece absurdo, com tantos outros medos que temos que enfrentar: medo da violência, medo da inadimplência, e a não menos temida solidão, que é o que nos faz buscar relacionamentos. Mas absurdo ou não, o medo de amar se instala entre as nossas vértebras e a gente sabe por quê.
O amor, tão nobre, tão denso, tão intenso, acaba. Rasga a gente por dentro, faz um corte profundo que vai do peito até a virilha, o amor se encerra bruscamente porque de repente uma terceira pessoa surgiu ou simplesmente porque não há mais interesse ou atração, sei lá, vá saber o que interrompe um sentimento, é mistério indecifrável. Mas o amor termina, mal-agradecido, termina, e termina só de um lado, nunca se encerra em dois corações ao mesmo tempo, desacelera um antes do outro, e vai um pouco de dor pra cada canto. Dói em quem tomou a iniciativa de romper, porque romper não é fácil, quebrar rotinas é sempre traumático. Além do amor existe a amizade que permanece e a presença com que se acostuma, romper um amor não é bobagem, é fato de grande responsabilidade, é uma ferida que se abre no corpo do outro, no afeto do outro, e em si próprio, ainda que com menos gravidade.
E ter o amor rejeitado, nem se fala, é fratura exposta, definhamos em público, encolhemos a alma, quase desejamos uma violência qualquer vinda da rua para esquecermos dessa violência vinda do tempo gasto e vivido, esse assalto em que nos roubaram tudo, o amor e o que vem com ele, confiança e estabilidade. Sem o amor, nada resta, a crença se desfaz, o romantismo perde o sentido, músicas idiotas nos fazem chorar dentro do carro.
Passa a dor do amor, vem a trégua, o coração limpo de novo, os olhos novamente secos, a boca vazia. Nada de bom está acontecendo, mas também nada de ruim. Um novo amor? Nem pensar. Medo, respondemos.
Que corajosos somos nós, que apesar de um medo tão justificado, amamos outra vez e todas as vezes que o amor nos chama, fingindo um pouco de resistência mas sabendo que para sempre é impossível recusá-lo.
Comentários:_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________.
A
IMPONTUALIDADE DO AMOR
Você está sozinho. Você e a torcida do Flamengo. Em frente a tevê, devora dois pacotes de Doritos enquanto espera o telefone tocar. Bem que podia ser hoje, bem que podia ser agora, um amor novinho em folha.
Trimmm! É sua mãe, quem mais poderia ser? Amor nenhum faz chamadas por telepatia. Amor não atende com hora marcada. Ele pode chegar antes do esperado e encontrar você numa fase galinha, sem disposição para relacionamentos sérios. Ele passa batido e você nem aí. Ou pode chegar tarde demais e encontrar você desiludido da vida, desconfiado, cheio de olheiras. O amor dá meia-volta, volver. Por que o amor nunca chega na hora certa?
Agora, por exemplo, que você está de banho tomado e camisa jeans. Agora que você está empregado, lavou o carro e está com grana para um cinema. Agora que você pintou o apartamento, ganhou um porta-retrato e começou a gostar de jazz. Agora que você está com o coração às moscas e morrendo de frio.
O amor aparece quando menos se espera e de onde menos se imagina. Você passa uma festa inteira hipnotizado por alguém que nem lhe enxerga, e mal repara em outro alguém que só tem olhos pra você. Ou então fica arrasado porque não foi pra praia no final de semana. Toda a sua turma está lá, azarando-se uns aos outros. Sentindo-se um ET perdido na cidade grande, você busca refúgio numa locadora de vídeo, sem prever que ali mesmo, na locadora, irá encontrar a pessoa que dará sentido a sua vida. O amor é que nem tesourinha de unhas, nunca está onde a gente pensa.
O jeito é direcionar o radar para norte, sul, leste e oeste. Seu amor pode estar no corredor de um supermercado, pode estar impaciente na fila de um banco, pode estar pechinchando numa livraria, pode estar cantarolando sozinho dentro de um carro. Pode estar aqui mesmo, no computador, dando o maior mole. O amor está em todos os lugares, você que não procura direito.
A primeira lição está dada: o amor é onipresente. Agora a segunda: mas é imprevisível. Jamais espere ouvir "eu te amo" num jantar à luz de velas, no dia dos namorados. Ou receber flores logo após a primeira transa. O amor odeia clichês. Você vai ouvir "eu te amo" numa terça-feira, às quatro da tarde, depois de uma discussão, e as flores vão chegar no dia que você tirar carteira de motorista, depois de aprovado no teste de baliza. Idealizar é sofrer. Amar é surpreender.
Você está sozinho. Você e a torcida do Flamengo. Em frente a tevê, devora dois pacotes de Doritos enquanto espera o telefone tocar. Bem que podia ser hoje, bem que podia ser agora, um amor novinho em folha.
Trimmm! É sua mãe, quem mais poderia ser? Amor nenhum faz chamadas por telepatia. Amor não atende com hora marcada. Ele pode chegar antes do esperado e encontrar você numa fase galinha, sem disposição para relacionamentos sérios. Ele passa batido e você nem aí. Ou pode chegar tarde demais e encontrar você desiludido da vida, desconfiado, cheio de olheiras. O amor dá meia-volta, volver. Por que o amor nunca chega na hora certa?
Agora, por exemplo, que você está de banho tomado e camisa jeans. Agora que você está empregado, lavou o carro e está com grana para um cinema. Agora que você pintou o apartamento, ganhou um porta-retrato e começou a gostar de jazz. Agora que você está com o coração às moscas e morrendo de frio.
O amor aparece quando menos se espera e de onde menos se imagina. Você passa uma festa inteira hipnotizado por alguém que nem lhe enxerga, e mal repara em outro alguém que só tem olhos pra você. Ou então fica arrasado porque não foi pra praia no final de semana. Toda a sua turma está lá, azarando-se uns aos outros. Sentindo-se um ET perdido na cidade grande, você busca refúgio numa locadora de vídeo, sem prever que ali mesmo, na locadora, irá encontrar a pessoa que dará sentido a sua vida. O amor é que nem tesourinha de unhas, nunca está onde a gente pensa.
O jeito é direcionar o radar para norte, sul, leste e oeste. Seu amor pode estar no corredor de um supermercado, pode estar impaciente na fila de um banco, pode estar pechinchando numa livraria, pode estar cantarolando sozinho dentro de um carro. Pode estar aqui mesmo, no computador, dando o maior mole. O amor está em todos os lugares, você que não procura direito.
A primeira lição está dada: o amor é onipresente. Agora a segunda: mas é imprevisível. Jamais espere ouvir "eu te amo" num jantar à luz de velas, no dia dos namorados. Ou receber flores logo após a primeira transa. O amor odeia clichês. Você vai ouvir "eu te amo" numa terça-feira, às quatro da tarde, depois de uma discussão, e as flores vão chegar no dia que você tirar carteira de motorista, depois de aprovado no teste de baliza. Idealizar é sofrer. Amar é surpreender.
DESPEDIDA
Existem duas dores de amor:
A primeira é quando a relação termina e a gente,
seguindo amando, tem que se acostumar com a ausência do outro,
com a sensação de perda, de rejeição e com a falta de perspectiva,
já que ainda estamos tão embrulhados na dor
que não conseguimos ver luz no fim do túnel.
A segunda dor é quando começamos a vislumbrar a luz no fim do túnel.
A mais dilacerante é a dor física da falta de beijos e abraços,
a dor de virar desimportante para o ser amado.
Mas, quando esta dor passa, começamos um outro ritual de despedida:
a dor de abandonar o amor que sentíamos.
A dor de esvaziar o coração, de remover a saudade, de ficar livre,
sem sentimento especial por aquela pessoa. Dói também…
Na verdade, ficamos apegados ao amor tanto quanto à pessoa que o gerou.
Muitas pessoas reclamam por não conseguir se desprender de alguém.
É que, sem se darem conta, não querem se desprender.
Aquele amor, mesmo não retribuído, tornou-se um souvenir,
lembrança de uma época bonita que foi vivida…
Passou a ser um bem de valor inestimável, é uma sensação à qual
a gente se apega. Faz parte de nós.
Queremos, logicamente, voltar a ser alegres e disponíveis,
mas para isso é preciso abrir mão de algo que nos foi caro por muito tempo,
que de certa maneira entranhou-se na gente,
e que só com muito esforço é possível alforriar.
É uma dor mais amena, quase imperceptível.
Talvez, por isso, costuma durar mais do que a ‘dor-de-cotovelo’
propriamente dita. É uma dor que nos confunde.
Parece ser aquela mesma dor primeira, mas já é outra. A pessoa que nos
deixou já não nos interessa mais, mas interessa o amor que sentíamos por
ela, aquele amor que nos justificava como seres humanos,
que nos colocava dentro das estatísticas: “Eu amo, logo existo”.
Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo.
É o arremate de uma história que terminou,
externamente, sem nossa concordância,
mas que precisa também sair de dentro da gente…
E só então a gente poderá amar, de novo.
Existem duas dores de amor:
A primeira é quando a relação termina e a gente,
seguindo amando, tem que se acostumar com a ausência do outro,
com a sensação de perda, de rejeição e com a falta de perspectiva,
já que ainda estamos tão embrulhados na dor
que não conseguimos ver luz no fim do túnel.
A segunda dor é quando começamos a vislumbrar a luz no fim do túnel.
A mais dilacerante é a dor física da falta de beijos e abraços,
a dor de virar desimportante para o ser amado.
Mas, quando esta dor passa, começamos um outro ritual de despedida:
a dor de abandonar o amor que sentíamos.
A dor de esvaziar o coração, de remover a saudade, de ficar livre,
sem sentimento especial por aquela pessoa. Dói também…
Na verdade, ficamos apegados ao amor tanto quanto à pessoa que o gerou.
Muitas pessoas reclamam por não conseguir se desprender de alguém.
É que, sem se darem conta, não querem se desprender.
Aquele amor, mesmo não retribuído, tornou-se um souvenir,
lembrança de uma época bonita que foi vivida…
Passou a ser um bem de valor inestimável, é uma sensação à qual
a gente se apega. Faz parte de nós.
Queremos, logicamente, voltar a ser alegres e disponíveis,
mas para isso é preciso abrir mão de algo que nos foi caro por muito tempo,
que de certa maneira entranhou-se na gente,
e que só com muito esforço é possível alforriar.
É uma dor mais amena, quase imperceptível.
Talvez, por isso, costuma durar mais do que a ‘dor-de-cotovelo’
propriamente dita. É uma dor que nos confunde.
Parece ser aquela mesma dor primeira, mas já é outra. A pessoa que nos
deixou já não nos interessa mais, mas interessa o amor que sentíamos por
ela, aquele amor que nos justificava como seres humanos,
que nos colocava dentro das estatísticas: “Eu amo, logo existo”.
Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo.
É o arremate de uma história que terminou,
externamente, sem nossa concordância,
mas que precisa também sair de dentro da gente…
E só então a gente poderá amar, de novo.
Sentir-se
amado
O cara diz que te ama, então tá. Ele te ama.
Sua mulher diz que te ama, então assunto encerrado.
Você sabe que é amado porque lhe disseram isso, as três palavrinhas mágicas. Mas saber-se amado é uma coisa, sentir-se amado é outra, uma diferença de milhas, um espaço enorme para a angústia instalar-se.
A demonstração de amor requer mais do que beijos, sexo e verbalização, apesar de não sonharmos com outra coisa: se o cara beija, transa e diz que me ama, tenha a santa paciência, vou querer que ele faça pacto de sangue também?
Pactos. Acho que é isso. Não de sangue nem de nada que se possa ver e tocar. É um pacto silencioso que tem a força de manter as coisas enraizadas, um pacto de eternidade, mesmo que o destino um dia venha a dividir o caminho dos dois.
Sentir-se amado é sentir que a pessoa tem interesse real na sua vida, que zela pela sua felicidade, que se preocupa quando as coisas não estão dando certo, que sugere caminhos para melhorar, que coloca-se a postos para ouvir suas dúvidas e que dá uma sacudida em você, caso você esteja delirando. "Não seja tão severa consigo mesma, relaxe um pouco. Vou te trazer um cálice de vinho".
Sentir-se amado é ver que ela lembra de coisas que você contou dois anos atrás, é vê-la tentar reconciliar você com seu pai, é ver como ela fica triste quando você está triste e como sorri com delicadeza quando diz que você está fazendo uma tempestade em copo d´água. "Lembra que quando eu passei por isso você disse que eu estava dramatizando? Então, chegou sua vez de simplificar as coisas. Vem aqui, tira este sapato."
Sentem-se amados aqueles que perdoam um ao outro e que não transformam a mágoa em munição na hora da discussão. Sente-se amado aquele que se sente aceito, que se sente bem-vindo, que se sente inteiro. Sente-se amado aquele que tem sua solidão respeitada, aquele que sabe que não existe assunto proibido, que tudo pode ser dito e compreendido. Sente-se amado quem se sente seguro para ser exatamente como é, sem inventar um personagem para a relação, pois personagem nenhum se sustenta muito tempo. Sente-se amado quem não ofega, mas suspira; quem não levanta a voz, mas fala; quem não concorda, mas escuta.
Agora sente-se e escute: eu te amo não diz tudo.
O cara diz que te ama, então tá. Ele te ama.
Sua mulher diz que te ama, então assunto encerrado.
Você sabe que é amado porque lhe disseram isso, as três palavrinhas mágicas. Mas saber-se amado é uma coisa, sentir-se amado é outra, uma diferença de milhas, um espaço enorme para a angústia instalar-se.
A demonstração de amor requer mais do que beijos, sexo e verbalização, apesar de não sonharmos com outra coisa: se o cara beija, transa e diz que me ama, tenha a santa paciência, vou querer que ele faça pacto de sangue também?
Pactos. Acho que é isso. Não de sangue nem de nada que se possa ver e tocar. É um pacto silencioso que tem a força de manter as coisas enraizadas, um pacto de eternidade, mesmo que o destino um dia venha a dividir o caminho dos dois.
Sentir-se amado é sentir que a pessoa tem interesse real na sua vida, que zela pela sua felicidade, que se preocupa quando as coisas não estão dando certo, que sugere caminhos para melhorar, que coloca-se a postos para ouvir suas dúvidas e que dá uma sacudida em você, caso você esteja delirando. "Não seja tão severa consigo mesma, relaxe um pouco. Vou te trazer um cálice de vinho".
Sentir-se amado é ver que ela lembra de coisas que você contou dois anos atrás, é vê-la tentar reconciliar você com seu pai, é ver como ela fica triste quando você está triste e como sorri com delicadeza quando diz que você está fazendo uma tempestade em copo d´água. "Lembra que quando eu passei por isso você disse que eu estava dramatizando? Então, chegou sua vez de simplificar as coisas. Vem aqui, tira este sapato."
Sentem-se amados aqueles que perdoam um ao outro e que não transformam a mágoa em munição na hora da discussão. Sente-se amado aquele que se sente aceito, que se sente bem-vindo, que se sente inteiro. Sente-se amado aquele que tem sua solidão respeitada, aquele que sabe que não existe assunto proibido, que tudo pode ser dito e compreendido. Sente-se amado quem se sente seguro para ser exatamente como é, sem inventar um personagem para a relação, pois personagem nenhum se sustenta muito tempo. Sente-se amado quem não ofega, mas suspira; quem não levanta a voz, mas fala; quem não concorda, mas escuta.
Agora sente-se e escute: eu te amo não diz tudo.
Para meus
amigos que estão...SOLTEIROS
O amor é como uma borboleta. Por mais que tente pegá-la, ela fugirá.
Mas quando menos esperar, ela está ali do seu lado.
O amor pode te fazer feliz, mas às vezes também pode te ferir.
Mas o amor será especial apenas quando você tiver o objetivo de se dar somente a um alguém que seja realmente valioso. Por isso, aproveite o tempo livre para escolher .
Para meus amigos...NÃO SOLTEIROS
Amor não é se envolver com a "pessoa perfeita", aquela dos nossos sonhos.
Não existem príncipes nem princesas.
Encare a outra pessoa de forma sincera e real, exaltando suas qualidades, mas sabendo também de seus defeitos.
O amor só é lindo, quando encontramos alguém que nos transforme no melhor que podemos ser.
Para meus amigos que gostam de...PAQUERAR
Nunca diga "te amo" se não te interessa.
Nunca fale sobre sentimentos se estes não existem.
Nunca toque numa vida, se não pretende romper um coração.
Nunca olhe nos olhos de alguém, se não quiser vê-lo derramar em lágrimas por causa de ti.
A COISA MAIS CRUEL QUE ALGUÉM PODE FAZER É PERMITIR QUE ALGUÉM SE APAIXONE POR VOCÊ, QUANDO VOCÊ NÃO PRETENDE FAZER O MESMO.
Para meus amigos...CASADOS.
O amor não te faz dizer "a culpa é", mas te faz dizer "me perdoe".
Compreender o outro, tentar sentir a diferença, se colocar no seu lugar.
Diz o ditado que um casal feliz é aquele feito de dois bons perdoadores.
A verdadeira medida de compatibilidade não são os anos que passaram juntos;
mas sim o quanto nesses anos vocês foram bons um para o outro.
Para meus amigos que têm um CORAÇÃO PARTIDO
Um coração assim dura o tempo que você deseje que ele dure, e ele lastimará o tempo que você permitir.
Um coração partido sente saudades, imagina como seria bom, mas não permita que ele chore para sempre.
Permita-se rir e conhecer outros corações.
Aprenda a viver, aprenda a amar as pessoas com solidariedade, aprenda a fazer coisas boas, aprenda a ajudar os outros, aprenda a viver sua própria vida.
A DOR DE UM CORAÇÃO PARTIDO É INEVITÁVEL, MAS O SOFRIMENTO É OPCIONAL!
E LEMBRE-SE: É MELHOR VER ALGUÉM QUE VOCÊ AMA FELIZ COM OUTRA PESSOA, DO QUE VÊ-LA INFELIZ AO SEU LADO.
Para meus amigos que são...INOCENTES.
Ela(e) se apaixonou por ti, e você não teve culpa, é verdade.
Mas pense que poderia ter acontecido com você. Seja sincero, mas não seja duro; não alimente esperanças, mas não seja crítico; você não precisa ser namorado(a), mas pode descobrir que ela(e) é uma ótima pessoa e pode vir a se tornar uma(um) grande amiga(o).
Para meus amigos que tem MEDO DE TERMINAR.
As vezes é duro terminar com alguém, e isso dói em você.
Mas dói muito mais quando alguém rompe contigo, não é verdade?
Mas o amor também dói muito quando ele não sabe o que você sente.
Não engane tal pessoa, não seja grosso(a) e rude esperando que ela(e) adivinhe o que você quer.
Não a (o) force terminar contigo, pois a melhor forma de ser respeitado é respeitando.
Pra terminar ...
Eterno, é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha intensidade, que se petrifica, e nenhuma força jamais o resgata....
Um dia descobrimos que beijar uma pessoa para esquecer outra, é bobagem.Você não só não esquece a outra pessoa como pensa muito mais nela...
Um dia descobrimos que se apaixonar é inevitável...
Um dia percebemos que as melhores provas de amor são as mais simples...
Um dia percebemos que o comum não nos atrai...
Um dia saberemos que ser classificado como o "bonzinho" não é bom . .
Um dia perceberemos que a pessoa que nunca te liga é a que mais pensa em você...
Um dia percebemos que somos muito importante para alguém, mas não damos valor a isso...
Um dia percebemos como aquele amigo faz falta, mas ai já é tarde demais...
Enfim...
Um dia descobrimos que apesar de viver quase um século esse tempo todo não é suficiente para realizarmos todos os nossos sonhos, para dizer tudo o que tem que ser dito...
O jeito é: ou nos conformamos com a falta de algumas coisas na nossa vida ou lutar para realizar todas as nossas loucuras...
Quem não compreende um olhar tampouco compreenderá uma longa explicação.
O amor é como uma borboleta. Por mais que tente pegá-la, ela fugirá.
Mas quando menos esperar, ela está ali do seu lado.
O amor pode te fazer feliz, mas às vezes também pode te ferir.
Mas o amor será especial apenas quando você tiver o objetivo de se dar somente a um alguém que seja realmente valioso. Por isso, aproveite o tempo livre para escolher .
Para meus amigos...NÃO SOLTEIROS
Amor não é se envolver com a "pessoa perfeita", aquela dos nossos sonhos.
Não existem príncipes nem princesas.
Encare a outra pessoa de forma sincera e real, exaltando suas qualidades, mas sabendo também de seus defeitos.
O amor só é lindo, quando encontramos alguém que nos transforme no melhor que podemos ser.
Para meus amigos que gostam de...PAQUERAR
Nunca diga "te amo" se não te interessa.
Nunca fale sobre sentimentos se estes não existem.
Nunca toque numa vida, se não pretende romper um coração.
Nunca olhe nos olhos de alguém, se não quiser vê-lo derramar em lágrimas por causa de ti.
A COISA MAIS CRUEL QUE ALGUÉM PODE FAZER É PERMITIR QUE ALGUÉM SE APAIXONE POR VOCÊ, QUANDO VOCÊ NÃO PRETENDE FAZER O MESMO.
Para meus amigos...CASADOS.
O amor não te faz dizer "a culpa é", mas te faz dizer "me perdoe".
Compreender o outro, tentar sentir a diferença, se colocar no seu lugar.
Diz o ditado que um casal feliz é aquele feito de dois bons perdoadores.
A verdadeira medida de compatibilidade não são os anos que passaram juntos;
mas sim o quanto nesses anos vocês foram bons um para o outro.
Para meus amigos que têm um CORAÇÃO PARTIDO
Um coração assim dura o tempo que você deseje que ele dure, e ele lastimará o tempo que você permitir.
Um coração partido sente saudades, imagina como seria bom, mas não permita que ele chore para sempre.
Permita-se rir e conhecer outros corações.
Aprenda a viver, aprenda a amar as pessoas com solidariedade, aprenda a fazer coisas boas, aprenda a ajudar os outros, aprenda a viver sua própria vida.
A DOR DE UM CORAÇÃO PARTIDO É INEVITÁVEL, MAS O SOFRIMENTO É OPCIONAL!
E LEMBRE-SE: É MELHOR VER ALGUÉM QUE VOCÊ AMA FELIZ COM OUTRA PESSOA, DO QUE VÊ-LA INFELIZ AO SEU LADO.
Para meus amigos que são...INOCENTES.
Ela(e) se apaixonou por ti, e você não teve culpa, é verdade.
Mas pense que poderia ter acontecido com você. Seja sincero, mas não seja duro; não alimente esperanças, mas não seja crítico; você não precisa ser namorado(a), mas pode descobrir que ela(e) é uma ótima pessoa e pode vir a se tornar uma(um) grande amiga(o).
Para meus amigos que tem MEDO DE TERMINAR.
As vezes é duro terminar com alguém, e isso dói em você.
Mas dói muito mais quando alguém rompe contigo, não é verdade?
Mas o amor também dói muito quando ele não sabe o que você sente.
Não engane tal pessoa, não seja grosso(a) e rude esperando que ela(e) adivinhe o que você quer.
Não a (o) force terminar contigo, pois a melhor forma de ser respeitado é respeitando.
Pra terminar ...
Eterno, é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha intensidade, que se petrifica, e nenhuma força jamais o resgata....
Um dia descobrimos que beijar uma pessoa para esquecer outra, é bobagem.Você não só não esquece a outra pessoa como pensa muito mais nela...
Um dia descobrimos que se apaixonar é inevitável...
Um dia percebemos que as melhores provas de amor são as mais simples...
Um dia percebemos que o comum não nos atrai...
Um dia saberemos que ser classificado como o "bonzinho" não é bom . .
Um dia perceberemos que a pessoa que nunca te liga é a que mais pensa em você...
Um dia percebemos que somos muito importante para alguém, mas não damos valor a isso...
Um dia percebemos como aquele amigo faz falta, mas ai já é tarde demais...
Enfim...
Um dia descobrimos que apesar de viver quase um século esse tempo todo não é suficiente para realizarmos todos os nossos sonhos, para dizer tudo o que tem que ser dito...
O jeito é: ou nos conformamos com a falta de algumas coisas na nossa vida ou lutar para realizar todas as nossas loucuras...
Quem não compreende um olhar tampouco compreenderá uma longa explicação.
A FITA
MÉTRICA DO AMOR
Como se mede uma pessoa? Os tamanhos variam conforme o grau de envolvimento. Ela é enorme pra você quando fala do que leu e viveu, quando trata você com carinho e respeito, quando olha nos olhos e sorri destravado. É pequena pra você quando só pensa em si mesmo, quando se comporta de uma maneira pouco gentil, quando fracassa justamente no momento em que teria que demonstrar o que há de mais importante entre duas pessoas: a amizade.
Uma pessoa é gigante pra você quando se interessa pela sua vida, quando busca alternativas para o seu crescimento, quando sonha junto. É pequena quando desvia do assunto.
Uma pessoa é grande quando perdoa, quando compreende, quando se coloca no lugar do outro, quando age não de acordo com o que esperam dela, mas de acordo com o que espera de si mesma. Uma pessoa é pequena quando se deixa reger por comportamentos clichês.
Uma mesma pessoa pode aparentar grandeza ou miudeza dentro de um relacionamento, pode crescer ou decrescer num espaço de poucas semanas: será ela que mudou ou será que o amor é traiçoeiro nas suas medições? Uma decepção pode diminuir o tamanho de um amor que parecia ser grande. Uma ausência pode aumentar o tamanho de um amor que parecia ser ínfimo.
É difícil conviver com esta elasticidade: as pessoas se agigantam e se encolhem aos nossos olhos. Nosso julgamento é feito não através de centímetros e metros, mas de ações e reações, de expectativas e frustrações. Uma pessoa é única ao estender a mão, e ao recolhê-la inesperadamente, se torna mais uma. O egoísmo unifica os insignificantes.
Não é a altura, nem o peso, nem os músculos que tornam uma pessoa grande. É a sua sensibilidade sem tamanho.
Como se mede uma pessoa? Os tamanhos variam conforme o grau de envolvimento. Ela é enorme pra você quando fala do que leu e viveu, quando trata você com carinho e respeito, quando olha nos olhos e sorri destravado. É pequena pra você quando só pensa em si mesmo, quando se comporta de uma maneira pouco gentil, quando fracassa justamente no momento em que teria que demonstrar o que há de mais importante entre duas pessoas: a amizade.
Uma pessoa é gigante pra você quando se interessa pela sua vida, quando busca alternativas para o seu crescimento, quando sonha junto. É pequena quando desvia do assunto.
Uma pessoa é grande quando perdoa, quando compreende, quando se coloca no lugar do outro, quando age não de acordo com o que esperam dela, mas de acordo com o que espera de si mesma. Uma pessoa é pequena quando se deixa reger por comportamentos clichês.
Uma mesma pessoa pode aparentar grandeza ou miudeza dentro de um relacionamento, pode crescer ou decrescer num espaço de poucas semanas: será ela que mudou ou será que o amor é traiçoeiro nas suas medições? Uma decepção pode diminuir o tamanho de um amor que parecia ser grande. Uma ausência pode aumentar o tamanho de um amor que parecia ser ínfimo.
É difícil conviver com esta elasticidade: as pessoas se agigantam e se encolhem aos nossos olhos. Nosso julgamento é feito não através de centímetros e metros, mas de ações e reações, de expectativas e frustrações. Uma pessoa é única ao estender a mão, e ao recolhê-la inesperadamente, se torna mais uma. O egoísmo unifica os insignificantes.
Não é a altura, nem o peso, nem os músculos que tornam uma pessoa grande. É a sua sensibilidade sem tamanho.
O amor
não acaba, nós é que mudamos
Um homem e uma mulher vivem uma intensa relação de amor, e depois de alguns anos se separam, cada um vai em busca do próprio caminho, saem do raio de visão um do outro. Que fim levou aquele sentimento? O amor realmente acaba?
O que acaba são algumas de nossas expectativas e desejos, que são subtituídos por outros no decorrer da vida. As pessoas não mudam na sua essência, mas mudam muito de sonhos, mudam de pontos de vista e de necessidades, principalmente de necessidades. O amor costuma ser amoldado à nossa carência de envolvimento afetivo, porém essa carência não é estática, ela se modifica à medida que vamos tendo novas experiências, à medida que vamos aprendendo com as dores, com os remorsos e com nossos erros todos. O amor se mantém o mesmo apenas para aqueles que se mantém os mesmos.
Se nada muda dentro de você, o amor que você sente, ou que você sofre, também não muda. Amores eternos só existem para dois grupos de pessoas. O primeiro é formado por aqueles que se recusam a experimentar a vida, para aqueles que não querem investigar mais nada sobre si mesmo, estão contentes com o que estabeleceram como verdade numa determinada época e seguem com esta verdade até os 120 anos. O outro grupo é o dos sortudos: aqueles que amam alguém, e mesmo tendo evoluído com o tempo, descobrem que o parceiro também evoluiu, e essa evolução se deu com a mesma intensidade e seguiu na mesma direção. Sendo assim, conseguem renovar o amor, pois a renovação particular de cada um foi tão parecida que não gerou conflito.
O amor não acaba. O amor apenas sai do centro das nossas atenções. O tempo desenvolve nossas defesas, nos oferece outras possibilidades e a gente avança porque é da natureza humana avançar. Não é o sentimento que se esgota, somos nós que ficamos esgotados de sofrer, ou esgotados de esperar, ou esgotados da mesmice. Paixão termina, amor não. Amor é aquilo que a gente deixa ocupar todos os nossos espaços, enquanto for bem-vindo, e que transferimos para o quartinho dos fundos quando não funciona mais, mas que nunca expulsamos definitivamente de casa.
Um homem e uma mulher vivem uma intensa relação de amor, e depois de alguns anos se separam, cada um vai em busca do próprio caminho, saem do raio de visão um do outro. Que fim levou aquele sentimento? O amor realmente acaba?
O que acaba são algumas de nossas expectativas e desejos, que são subtituídos por outros no decorrer da vida. As pessoas não mudam na sua essência, mas mudam muito de sonhos, mudam de pontos de vista e de necessidades, principalmente de necessidades. O amor costuma ser amoldado à nossa carência de envolvimento afetivo, porém essa carência não é estática, ela se modifica à medida que vamos tendo novas experiências, à medida que vamos aprendendo com as dores, com os remorsos e com nossos erros todos. O amor se mantém o mesmo apenas para aqueles que se mantém os mesmos.
Se nada muda dentro de você, o amor que você sente, ou que você sofre, também não muda. Amores eternos só existem para dois grupos de pessoas. O primeiro é formado por aqueles que se recusam a experimentar a vida, para aqueles que não querem investigar mais nada sobre si mesmo, estão contentes com o que estabeleceram como verdade numa determinada época e seguem com esta verdade até os 120 anos. O outro grupo é o dos sortudos: aqueles que amam alguém, e mesmo tendo evoluído com o tempo, descobrem que o parceiro também evoluiu, e essa evolução se deu com a mesma intensidade e seguiu na mesma direção. Sendo assim, conseguem renovar o amor, pois a renovação particular de cada um foi tão parecida que não gerou conflito.
O amor não acaba. O amor apenas sai do centro das nossas atenções. O tempo desenvolve nossas defesas, nos oferece outras possibilidades e a gente avança porque é da natureza humana avançar. Não é o sentimento que se esgota, somos nós que ficamos esgotados de sofrer, ou esgotados de esperar, ou esgotados da mesmice. Paixão termina, amor não. Amor é aquilo que a gente deixa ocupar todos os nossos espaços, enquanto for bem-vindo, e que transferimos para o quartinho dos fundos quando não funciona mais, mas que nunca expulsamos definitivamente de casa.
O
contrário do Amor
O contrário de bonito é feio, de rico é pobre, de preto é branco, isso se aprende antes de entrar na escola. Se você fizer uma enquete entre as crianças, ouvirá também que o contrário do amor é o ódio. Elas estão erradas. Faça uma enquete entre adultos e descubra a resposta certa: o contrário do amor não é o ódio, é a indiferença.
O que seria preferível, que a pessoa que você ama passasse a lhe odiar, ou que lhe fosse totalmente indiferente? Que perdesse o sono imaginando maneiras de fazer você se dar mal ou que dormisse feito um anjo a noite inteira, esquecido por completo da sua existência? O ódio é também uma maneira de se estar com alguém. Já a indiferença não aceita declarações ou reclamações: seu nome não consta mais do cadastro.
Para odiar alguém, precisamos reconhecer que esse alguém existe e que nos provoca sensações, por piores que sejam. Para odiar alguém, precisamos de um coração, ainda que frio, e raciocínio, ainda que doente. Para odiar alguém gastamos energia, neurônios e tempo. Odiar nos dá fios brancos no cabelo, rugas pela face e angústia no peito. Para odiar, necessitamos do objeto do ódio, necessitamos dele nem que seja para dedicar-lhe nosso rancor, nossa ira, nossa pouca sabedoria para entendê-lo e pouco humor para aturá-lo. O ódio, se tivesse uma cor, seria vermelho, tal qual a cor do amor.
Já para sermos indiferentes a alguém, precisamos do quê? De coisa alguma. A pessoa em questão pode saltar de bung-jump, assistir aula de fraque, ganhar um Oscar ou uma prisão perpétua, estamos nem aí. Não julgamos seus atos, não observamos seus modos, não testemunhamos sua existência. Ela não nos exige olhos, boca, coração, cérebro: nosso corpo ignora sua presença, e muito menos se dá conta de sua ausência. Não temos o número do telefone das pessoas para quem não ligamos. A indiferença, se tivesse uma cor, seria cor da água, cor do ar, cor de nada.
Uma criança nunca experimentou essa sensação: ou ela é muito amada, ou criticada pelo que apronta. Uma criança está sempre em uma das pontas da gangorra, adoração ou queixas, mas nunca é ignorada. Só bem mais tarde, quando necessitar de uma atenção que não seja materna ou paterna, é que descobrirá que o amor e o ódio habitam o mesmo universo, enquanto que a indiferença é um exílio no deserto.
O contrário de bonito é feio, de rico é pobre, de preto é branco, isso se aprende antes de entrar na escola. Se você fizer uma enquete entre as crianças, ouvirá também que o contrário do amor é o ódio. Elas estão erradas. Faça uma enquete entre adultos e descubra a resposta certa: o contrário do amor não é o ódio, é a indiferença.
O que seria preferível, que a pessoa que você ama passasse a lhe odiar, ou que lhe fosse totalmente indiferente? Que perdesse o sono imaginando maneiras de fazer você se dar mal ou que dormisse feito um anjo a noite inteira, esquecido por completo da sua existência? O ódio é também uma maneira de se estar com alguém. Já a indiferença não aceita declarações ou reclamações: seu nome não consta mais do cadastro.
Para odiar alguém, precisamos reconhecer que esse alguém existe e que nos provoca sensações, por piores que sejam. Para odiar alguém, precisamos de um coração, ainda que frio, e raciocínio, ainda que doente. Para odiar alguém gastamos energia, neurônios e tempo. Odiar nos dá fios brancos no cabelo, rugas pela face e angústia no peito. Para odiar, necessitamos do objeto do ódio, necessitamos dele nem que seja para dedicar-lhe nosso rancor, nossa ira, nossa pouca sabedoria para entendê-lo e pouco humor para aturá-lo. O ódio, se tivesse uma cor, seria vermelho, tal qual a cor do amor.
Já para sermos indiferentes a alguém, precisamos do quê? De coisa alguma. A pessoa em questão pode saltar de bung-jump, assistir aula de fraque, ganhar um Oscar ou uma prisão perpétua, estamos nem aí. Não julgamos seus atos, não observamos seus modos, não testemunhamos sua existência. Ela não nos exige olhos, boca, coração, cérebro: nosso corpo ignora sua presença, e muito menos se dá conta de sua ausência. Não temos o número do telefone das pessoas para quem não ligamos. A indiferença, se tivesse uma cor, seria cor da água, cor do ar, cor de nada.
Uma criança nunca experimentou essa sensação: ou ela é muito amada, ou criticada pelo que apronta. Uma criança está sempre em uma das pontas da gangorra, adoração ou queixas, mas nunca é ignorada. Só bem mais tarde, quando necessitar de uma atenção que não seja materna ou paterna, é que descobrirá que o amor e o ódio habitam o mesmo universo, enquanto que a indiferença é um exílio no deserto.
Felicidade Realista – Crônica de Martha Medeiros
A
princípio bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um pacote louvável,
mas nossos desejos são ainda mais complexos.
Não basta
que a gente esteja sem febre: queremos, além de saúde, ser magérrimos, sarados,
irresistíveis.
Dinheiro?
Não basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema: queremos a piscina
olímpica e uma temporada num spa cinco estrelas. E quanto ao amor?
Ah, o
amor… não basta termos alguém com quem podemos conversar, dividir uma pizza e
fazer sexo de vez em quando.
Isso é
pensar pequeno: queremos AMOR, todinho maiúsculo.
Queremos
estar visceralmente apaixonados, queremos ser surpreendidos por declarações e
presentes inesperados, queremos jantar a luz de velas de segunda a domingo,
queremos sexo selvagem e diário, queremos ser felizes assim e não de outro
jeito.
É o que
dá ver tanta televisão. Simplesmente esquecemos de tentar ser felizes de uma
forma mais realista.
Ter um
parceiro constante pode ou não, ser sinônimo de felicidade.
Você pode
ser feliz solteiro, feliz com uns romances ocasionais, feliz com um parceiro,
feliz sem nenhum. Não existe amor minúsculo, principalmente quando se trata de
amor-próprio.
Dinheiro
é uma benção. Quem tem, precisa aproveitá-lo, gastá-lo, usufruí-lo. Não perder
tempo juntando, juntando, juntando. Apenas o suficiente para se sentir seguro,
mas não aprisionado. E se a gente tem pouco, é com este pouco que vai tentar
segurar a onda, buscando coisas que saiam de graça, como um pouco de humor, um
pouco de fé e um pouco de criatividade.
Ser feliz
de uma forma realista é fazer o possível e aceitar o improvável.
Fazer
exercícios sem almejar passarelas, trabalhar sem almejar o estrelato, amar sem
almejar o eterno.
Olhe para
o relógio: hora de acordar.
É importante
pensar-se ao extremo, buscar lá dentro o que nos mobiliza, instiga e conduz,
mas sem exigir-se desumanamente.
A vida
não é um jogo onde só quem testa seus limites é que leva o prêmio.
Não
sejamos vítimas ingênuas desta tal competitividade. Se a meta está alta demais,
reduza-a. Se você não está de acordo com as regras, demita-se.
Invente
seu próprio jogo. Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça
que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir
embora por não perceber sua simplicidade. Ela transmite paz e não sentimentos
fortes, que nos atormenta e provoca inquietude no nosso coração. Isso pode ser
alegria, paixão, entusiasmo, mas não felicidade.
Martha
Medeiros
Ler mais eu e meu medo: Felicidade Realista – Crônica de Martha Medeiros http://euemeumedo.blogspot.com/2011/03/felicidade-realista-cronica-de-martha.html#ixzz1uZXE51H2
Under Creative Commons License: Attribution
A DOR QUE
DÓI MAIS
Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói. Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, dóem. Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim. Mas o que mais dói é saudade.
Saudade de um irmão que mora longe. Saudade de uma cachoeira da infância. Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais. Saudade do pai que já morreu. Saudade de um amigo imaginário que nunca existiu. Saudade de uma cidade. Saudade da gente mesmo, quando se tinha mais audácia e menos cabelos brancos. Dóem essas saudades todas.
Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama. Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida. Você podia ficar na sala e ele no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá. Você podia ir para o aeroporto e ele para o dentista, mas sabiam-se onde. Você podia ficar o dia sem vê-lo, ele o dia sem vê-la, mas sabiam-se amanhã. Mas quando o amor de um acaba, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.
Saudade é não saber. Não saber mais se ele continua se gripando no inverno. Não saber mais se ela continua clareando o cabelo. Não saber se ele ainda usa a camisa que você deu. Não saber se ela foi na consulta com o dermatologista como prometeu. Não saber se ele tem comido frango de padaria, se ela tem assistido as aulas de inglês, se ele aprendeu a entrar na Internet, se ela aprendeu a estacionar entre dois carros, se ele continua fumando Carlton, se ela continua preferindo Pepsi, se ele continua sorrindo, se ela continua dançando, se ele continua pescando, se ela continua lhe amando.
Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.
Saudade é não querer saber. Não querer saber se ele está com outra, se ela está feliz, se ele está mais magro, se ela está mais bela. Saudade é nunca mais querer saber de quem se ama, e ainda assim, doer.
Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói. Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, dóem. Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim. Mas o que mais dói é saudade.
Saudade de um irmão que mora longe. Saudade de uma cachoeira da infância. Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais. Saudade do pai que já morreu. Saudade de um amigo imaginário que nunca existiu. Saudade de uma cidade. Saudade da gente mesmo, quando se tinha mais audácia e menos cabelos brancos. Dóem essas saudades todas.
Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama. Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida. Você podia ficar na sala e ele no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá. Você podia ir para o aeroporto e ele para o dentista, mas sabiam-se onde. Você podia ficar o dia sem vê-lo, ele o dia sem vê-la, mas sabiam-se amanhã. Mas quando o amor de um acaba, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.
Saudade é não saber. Não saber mais se ele continua se gripando no inverno. Não saber mais se ela continua clareando o cabelo. Não saber se ele ainda usa a camisa que você deu. Não saber se ela foi na consulta com o dermatologista como prometeu. Não saber se ele tem comido frango de padaria, se ela tem assistido as aulas de inglês, se ele aprendeu a entrar na Internet, se ela aprendeu a estacionar entre dois carros, se ele continua fumando Carlton, se ela continua preferindo Pepsi, se ele continua sorrindo, se ela continua dançando, se ele continua pescando, se ela continua lhe amando.
Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.
Saudade é não querer saber. Não querer saber se ele está com outra, se ela está feliz, se ele está mais magro, se ela está mais bela. Saudade é nunca mais querer saber de quem se ama, e ainda assim, doer.
Não desista nunca
Se você não acreditar naquilo que você é
capaz de fazer; quem vai acreditar?
Dizer que existe uma idade certa, tempo
certo, local certo, não existe.
Somente quando você estiver convicto
daquilo que deseja e esta convicção fizer parte integrante do processo.
Mas quando ocorre este momento? Imagine
uma ponte sobre um rio.
Você está em uma margem e seu objetivo
está na outra.
Você pensa, raciocina, acredita que a
sua realização está lá.
Você atravessa a ponte, abraça o
objetivo e não olha para traz.
Estoura a sua ponte.
Pode ser que tenha até dificuldades, mas
se você realmente acredita que pode realizá-lo, não perca tempo: vá e faça.
Agora, se você simplesmente não quer
ficar nesta margem e não tem um objetivo definido, no momento do estouro, você
estará exatamente no meio da ponte.
Já viu alguém no meio de uma ponte na
hora da explosão... eu também não.
Realmente não é simples.
Quando você visualizar o seu objetivo e
criar a coragem suficiente em realizá-lo, tenha em mente que para a sua
concretização, alguns detalhes deverão estar bem claros na cabeça ou seja,
facilidades e dificuldades aparecerão, mas se realmente acredita que pode
fazer, os incômodos desaparecerão.
É só não se desesperar.
Seja no mínimo um pouco paciente.
Pois é, as diferenças básicas entre os
três momentos são:
ESTOURAR A PONTE ANTES DE ATRAVESSÁ-LA
Você começou a sonhar... sonhar... sonhar! De repente, sentiu-se estimulado a
querer ou gozar de algo melhor.
Entretanto, dentro de sua avaliação,
começa a perceber que fatores que fogem ao seu controle, não permitem que suas
habilidades e competências o realize.
Pergunto, vale a pena insistir?
Para ficar mais tangível, imaginemos que
uma pessoa sonhe viver ou visitar a lua, mas as perspectivas do agora não o
permitem, adianta ficar sonhando ou traçando este objetivo?
Para que você não fique no mundo da lua,
meio maluquinho, estoure a sua ponte antes de atravessá-la, rompa com este
objetivo e parta para outros sonhos! ESTOURAR A PONTE NO MOMENTO DE
ATRAVESSÁ-LA Acredito que tenha ficado claro, mas cabe o reforço.
O fato de você desejar não ficar numa
situação desagradável é válido, entretanto você não saber o que é mais
agradável, já não o é! Ou seja, a falta de perspectiva nem explorada em
pensamento, não leva a lugar algum. Você tem a obrigação consciencional de
criar alternativas melhores.
Nos dias de hoje, não podemos nos dar ao
luxo de sair sem destino.
O nosso futuro não é responsabilidade de
outrem, nós é que construímos o nosso futuro. Sem desculpas, pode começar...
ESTOURAR A PONTE DEPOIS DE ATRAVESSÁ-LA.
No início comentei sobre as pessoas que
realizaram o sucesso e outras que não tiveram a mesma sorte.
Em primeiro lugar, acredito que temos de
definir o que é sucesso.
Sou pelas coisas simples, sucesso é
gostar do que faz e fazer o que gosta.
Tentamos nos moldar em uma cultura de
determinados valores, onde o sucesso é medido pela posse de coisas, mas é muito
mesquinho você ter e não desfrutar daquilo que realmente deseja.
As pessoas que realizaram a oportunidade
de estourar as suas pontes de modo adequado e consistente, não só imaginaram,
atravessaram e encontraram os objetivos do outro lado.
Os objetivos a serem perseguidos, foram
construídos dentro de uma visão clara do que se queria alcançar, em tempo
suficiente, de modo adequado, através de fatores pessoais ou impessoais,
facilitadores ou não, enfim o grau de comprometimento utilizado para a sua concretização.
A visão sem ação, não passa de um sonho.
A ação sem visão é só um passatempo.
A visão com ação pode mudar o mundo.
Luiz Fernando Veríssimo
Luiz
Fernando Veríssimo - Filho do escritor Érico Veríssimo, nasceu em Porto Alegre
em 26 de setembro de 1936. Viveu parte de sua infância nos Estados Unidos, pois
seu pai era professor na Universidade de Berkeley, e por isso concluiu o
secundário na Roosevelt High Scool em Washington, onde também se apaixonou pelo
jazz. Em 1956, já de volta ao Brasil, começou a trabalhar no departamento de
arte da Editora Globo de Porto Alegre. De 1962 a 1966 morou no Rio de Janeiro,
onde casou-se e teve três filhos. Em 1967, de volta a Porto Alegre, começou a
trabalhar no jornal Zero Hora, onde conseguiu a sua primeira coluna, que
tratava de futebol, e também torno-se redator de uma agência de publicidade. De
1970 a 1975 foi colunista do jornal Folha da Manhã, voltando ao Zero Hora neste
último ano. Lançou seu primeiro livro em 1973, que foi bem recebido pela
crítica. Em 1979 publicou Ed Mort e Outras Histórias, uma sátira aos policiais
noir, e que foi transformado em um filme. De 1982 a 1989 publicou uma página de
humor na reista Veja, e, nesse último ano, passou a escrever uma coluna
dominical para o jornal O Estado de São Paulo. Lançou a coletânea A Comédia da
Vida Privada com grande sucesso em 1994, vindo a tornar-se especial de
televisão. Seu grupo de jazz criado no ano seguinte já tem quatro CDs gravados.
Dez
Coisas que Levei Anos Para Aprender
1. Uma pessoa que é boa com você, mas grosseira com o garçom, não pode ser uma boa pessoa.
2. As pessoas que querem compartilhar as visões religiosas delas com você, quase nunca querem que você compartilhe as suas com elas.
3. Ninguém liga se você não sabe dançar. Levante e dance.
4. A força mais destrutiva do universo é a fofoca.
5. Não confunda nunca sua carreira com sua vida.
6. Jamais, sob quaisquer circunstâncias, tome um remédio para dormir e um laxante na mesma noite.
7. Se você tivesse que identificar, em uma palavra, a razão pela qual a raça humana ainda não atingiu (e nunca atingirá) todo o seu potencial, essa palavra seria "reuniões".
8. Há uma linha muito tênue entre "hobby" e "doença mental".
9. Seus amigos de verdade amam você de qualquer jeito.
10. Nunca tenha medo de tentar algo novo. Lembre-se de que um amador solitário construiu a Arca. Um grande grupo de profissionais construiu o Titanic.
1. Uma pessoa que é boa com você, mas grosseira com o garçom, não pode ser uma boa pessoa.
2. As pessoas que querem compartilhar as visões religiosas delas com você, quase nunca querem que você compartilhe as suas com elas.
3. Ninguém liga se você não sabe dançar. Levante e dance.
4. A força mais destrutiva do universo é a fofoca.
5. Não confunda nunca sua carreira com sua vida.
6. Jamais, sob quaisquer circunstâncias, tome um remédio para dormir e um laxante na mesma noite.
7. Se você tivesse que identificar, em uma palavra, a razão pela qual a raça humana ainda não atingiu (e nunca atingirá) todo o seu potencial, essa palavra seria "reuniões".
8. Há uma linha muito tênue entre "hobby" e "doença mental".
9. Seus amigos de verdade amam você de qualquer jeito.
10. Nunca tenha medo de tentar algo novo. Lembre-se de que um amador solitário construiu a Arca. Um grande grupo de profissionais construiu o Titanic.
Para se
roubar um coração, é preciso que seja com muita habilidade, tem que ser vagarosamente,
disfarçadamente, não se chega com ímpeto,
não se alcança o coração de alguém com pressa.
Tem que se aproximar com meias palavras, suavemente, apoderar-se dele aos poucos, com cuidado.
Não se pode deixar que percebam que ele será roubado, na verdade, teremos que furtá-lo, docemente.
Conquistar um coração de verdade dá trabalho,
requer paciência, é como se fosse tecer uma colcha de retalhos, aplicar uma renda em um vestido, tratar de um jardim, cuidar de uma criança.
É necessário que seja com destreza, com vontade, com encanto, carinho e sinceridade.
Para se conquistar um coração definitivamente
tem que ter garra e esperteza, mas não falo dessa esperteza que todos conhecem, falo da esperteza de sentimentos, daquela que existe guardada na alma em todos os momentos.
Quando se deseja realmente conquistar um coração, é preciso que antes já tenhamos conseguido conquistar o nosso, é preciso que ele já tenha sido explorado nos mínimos detalhes,
que já se tenha conseguido conhecer cada cantinho, entender cada espaço preenchido e aceitar cada espaço vago.
...e então, quando finalmente esse coração for conquistado, quando tivermos nos apoderado dele,
vai existir uma parte de alguém que seguirá conosco.
Uma metade de alguém que será guiada por nós
e o nosso coração passará a bater por conta desse outro coração.
Eles sofrerão altos e baixos sim, mas com certeza haverá instantes, milhares de instantes de alegria.
Baterá descompassado muitas vezes e sabe por que?
Faltará a metade dele que ainda não está junto de nós.
Até que um dia, cansado de estar dividido ao meio, esse coração chamará a sua outra parte e alguém por vontade própria, sem que precisemos roubá-la ou furtá-la nos entregará a metade que faltava.
... e é assim que se rouba um coração, fácil não?
Pois é, nós só precisaremos roubar uma metade,
a outra virá na nossa mão e ficará detectado um roubo então!
E é só por isso que encontramos tantas pessoas pela vida a fora que dizem que nunca mais conseguiram amar alguém... é simples...
é porque elas não possuem mais coração, eles foram roubados, arrancados do seu peito, e somente com um grande amor ela terá um novo coração, afinal de contas, corações são para serem divididos, e com certeza esse grande amor repartirá o dele com você.
não se alcança o coração de alguém com pressa.
Tem que se aproximar com meias palavras, suavemente, apoderar-se dele aos poucos, com cuidado.
Não se pode deixar que percebam que ele será roubado, na verdade, teremos que furtá-lo, docemente.
Conquistar um coração de verdade dá trabalho,
requer paciência, é como se fosse tecer uma colcha de retalhos, aplicar uma renda em um vestido, tratar de um jardim, cuidar de uma criança.
É necessário que seja com destreza, com vontade, com encanto, carinho e sinceridade.
Para se conquistar um coração definitivamente
tem que ter garra e esperteza, mas não falo dessa esperteza que todos conhecem, falo da esperteza de sentimentos, daquela que existe guardada na alma em todos os momentos.
Quando se deseja realmente conquistar um coração, é preciso que antes já tenhamos conseguido conquistar o nosso, é preciso que ele já tenha sido explorado nos mínimos detalhes,
que já se tenha conseguido conhecer cada cantinho, entender cada espaço preenchido e aceitar cada espaço vago.
...e então, quando finalmente esse coração for conquistado, quando tivermos nos apoderado dele,
vai existir uma parte de alguém que seguirá conosco.
Uma metade de alguém que será guiada por nós
e o nosso coração passará a bater por conta desse outro coração.
Eles sofrerão altos e baixos sim, mas com certeza haverá instantes, milhares de instantes de alegria.
Baterá descompassado muitas vezes e sabe por que?
Faltará a metade dele que ainda não está junto de nós.
Até que um dia, cansado de estar dividido ao meio, esse coração chamará a sua outra parte e alguém por vontade própria, sem que precisemos roubá-la ou furtá-la nos entregará a metade que faltava.
... e é assim que se rouba um coração, fácil não?
Pois é, nós só precisaremos roubar uma metade,
a outra virá na nossa mão e ficará detectado um roubo então!
E é só por isso que encontramos tantas pessoas pela vida a fora que dizem que nunca mais conseguiram amar alguém... é simples...
é porque elas não possuem mais coração, eles foram roubados, arrancados do seu peito, e somente com um grande amor ela terá um novo coração, afinal de contas, corações são para serem divididos, e com certeza esse grande amor repartirá o dele com você.
Faleceu
ontem a pessoa que atrapalhava sua vida...
Um dia, quando os funcionários chegaram para trabalhar, encontraram na portaria um cartaz enorme, no qual estava escrito:
"Faleceu ontem a pessoa que atrapalhava sua vida na Empresa. Você está convidado para o velório na quadra de esportes".
No início, todos se entristeceram com a morte de alguém, mas depois de algum tempo, ficaram curiosos para saber quem estava atrapalhando sua vida e bloqueando seu crescimento na empresa. A agitação na quadra de esportes era tão grande, que foi preciso chamar os seguranças para organizar a fila do velório. Conforme as pessoas iam se aproximando do caixão, a excitação aumentava:
- Quem será que estava atrapalhando o meu progresso ?
- Ainda bem que esse infeliz morreu !
Um a um, os funcionários, agitados, se aproximavam do caixão, olhavam pelo visor do caixão a fim de reconhecer o defunto, engoliam em seco e saiam de cabeça abaixada, sem nada falar uns com os outros. Ficavam no mais absoluto silêncio, como se tivessem sido atingidos no fundo da alma e dirigiam-se para suas salas. Todos, muito curiosos mantinham-se na fila até chegar a sua vez de verificar quem estava no caixão e que tinha atrapalhado tanto a cada um deles.
A pergunta ecoava na mente de todos: "Quem está nesse caixão"?
No visor do caixão havia um espelho e cada um via a si mesmo... Só existe uma pessoa capaz de limitar seu crescimento: VOCÊ MESMO! Você é a única pessoa que pode fazer a revolução de sua vida. Você é a única pessoa que pode prejudicar a sua vida. Você é a única pessoa que pode ajudar a si mesmo. "SUA VIDA NÃO MUDA QUANDO SEU CHEFE MUDA, QUANDO SUA EMPRESA MUDA, QUANDO SEUS PAIS MUDAM, QUANDO SEU(SUA) NAMORADO(A) MUDA. SUA VIDA MUDA... QUANDO VOCÊ MUDA! VOCÊ É O ÚNICO RESPONSÁVEL POR ELA."
O mundo é como um espelho que devolve a cada pessoa o reflexo de seus próprios pensamentos e seus atos. A maneira como você encara a vida é que faz toda diferença. A vida muda, quando "você muda".
Um dia, quando os funcionários chegaram para trabalhar, encontraram na portaria um cartaz enorme, no qual estava escrito:
"Faleceu ontem a pessoa que atrapalhava sua vida na Empresa. Você está convidado para o velório na quadra de esportes".
No início, todos se entristeceram com a morte de alguém, mas depois de algum tempo, ficaram curiosos para saber quem estava atrapalhando sua vida e bloqueando seu crescimento na empresa. A agitação na quadra de esportes era tão grande, que foi preciso chamar os seguranças para organizar a fila do velório. Conforme as pessoas iam se aproximando do caixão, a excitação aumentava:
- Quem será que estava atrapalhando o meu progresso ?
- Ainda bem que esse infeliz morreu !
Um a um, os funcionários, agitados, se aproximavam do caixão, olhavam pelo visor do caixão a fim de reconhecer o defunto, engoliam em seco e saiam de cabeça abaixada, sem nada falar uns com os outros. Ficavam no mais absoluto silêncio, como se tivessem sido atingidos no fundo da alma e dirigiam-se para suas salas. Todos, muito curiosos mantinham-se na fila até chegar a sua vez de verificar quem estava no caixão e que tinha atrapalhado tanto a cada um deles.
A pergunta ecoava na mente de todos: "Quem está nesse caixão"?
No visor do caixão havia um espelho e cada um via a si mesmo... Só existe uma pessoa capaz de limitar seu crescimento: VOCÊ MESMO! Você é a única pessoa que pode fazer a revolução de sua vida. Você é a única pessoa que pode prejudicar a sua vida. Você é a única pessoa que pode ajudar a si mesmo. "SUA VIDA NÃO MUDA QUANDO SEU CHEFE MUDA, QUANDO SUA EMPRESA MUDA, QUANDO SEUS PAIS MUDAM, QUANDO SEU(SUA) NAMORADO(A) MUDA. SUA VIDA MUDA... QUANDO VOCÊ MUDA! VOCÊ É O ÚNICO RESPONSÁVEL POR ELA."
O mundo é como um espelho que devolve a cada pessoa o reflexo de seus próprios pensamentos e seus atos. A maneira como você encara a vida é que faz toda diferença. A vida muda, quando "você muda".
Dar é
dar.
Dar é
dar.
Fazer amor é lindo,
é sublime,
é encantador,
é esplêndido,
mas dar é bom pra cacete.
Dar é aquela coisa que alguém te puxa os cabelos da nuca,
te chama de nomes que eu não escreveria,
não te vira com delicadeza,
não sente vergonha de ritmos animais.
Dar é bom.
Melhor do que dar, só dar por dar.
Dar sem querer casar,
sem querer apresentar pra mãe,
sem querer dar o primeiro abraço no Ano Novo.
Dar porque o cara te esquenta a coluna vertebral,
te amolece o gingado, te molha o instinto.
Dar porque a vida de uma publicitária em começo de carreira é estressante, e dar relaxa.
Dar porque se você não der para ele hoje, vai dar amanhã, ou depois de amanhã.
Dar sem esperar ouvir promessas, sem esperar ouvir carinhos, sem esperar ouvir futuro.
Dar é bom, na hora.
Durante um mês.
Para as mais desavisadas, talvez anos.
Mas dar é dar demais e ficar vazia.
Dar é não ganhar.
É não ganhar um eu te amo baixinho perdido no meio do escuro.
É não ganhar uma mão no ombro quando o caos da cidade parece querer te abduzir.
É não ter alguém pra querer casar,
para apresentar pra mãe,
pra dar o primeiro abraço de Ano Novo e pra falar: "Que cê acha amor?".
Dar é inevitável, dê mesmo, dê sempre, dê muito.
Mas dê mais ainda,
muito mais do que
qualquer coisa,
uma chance ao amor, esse sim é o maior tesão.
Esse sim relaxa,
cura o mau humor,
ameniza todas as crises e faz você flutuar
o suficiente pra nem perceber as catarradas na rua.
Se você for chata, suas amigas perdoam.
Se você for brava, suas amigas perdoam.
Até se você for magra, as suas amigas perdoam.
Mas... experimente ser amada."
Fazer amor é lindo,
é sublime,
é encantador,
é esplêndido,
mas dar é bom pra cacete.
Dar é aquela coisa que alguém te puxa os cabelos da nuca,
te chama de nomes que eu não escreveria,
não te vira com delicadeza,
não sente vergonha de ritmos animais.
Dar é bom.
Melhor do que dar, só dar por dar.
Dar sem querer casar,
sem querer apresentar pra mãe,
sem querer dar o primeiro abraço no Ano Novo.
Dar porque o cara te esquenta a coluna vertebral,
te amolece o gingado, te molha o instinto.
Dar porque a vida de uma publicitária em começo de carreira é estressante, e dar relaxa.
Dar porque se você não der para ele hoje, vai dar amanhã, ou depois de amanhã.
Dar sem esperar ouvir promessas, sem esperar ouvir carinhos, sem esperar ouvir futuro.
Dar é bom, na hora.
Durante um mês.
Para as mais desavisadas, talvez anos.
Mas dar é dar demais e ficar vazia.
Dar é não ganhar.
É não ganhar um eu te amo baixinho perdido no meio do escuro.
É não ganhar uma mão no ombro quando o caos da cidade parece querer te abduzir.
É não ter alguém pra querer casar,
para apresentar pra mãe,
pra dar o primeiro abraço de Ano Novo e pra falar: "Que cê acha amor?".
Dar é inevitável, dê mesmo, dê sempre, dê muito.
Mas dê mais ainda,
muito mais do que
qualquer coisa,
uma chance ao amor, esse sim é o maior tesão.
Esse sim relaxa,
cura o mau humor,
ameniza todas as crises e faz você flutuar
o suficiente pra nem perceber as catarradas na rua.
Se você for chata, suas amigas perdoam.
Se você for brava, suas amigas perdoam.
Até se você for magra, as suas amigas perdoam.
Mas... experimente ser amada."
ESSE
VALEU A PENA
Ela liga para ele, as 03:00 da manhã, depois de acordar
chorando …
ELE: Alô?
ELA: Ei.
ELE: O que aconteceu?...
ELA: ...
Nada não … É que eu tive um pesadelo e…
ELE: E …?
ELE: Tá tudo bem, amor?
(ela demora para responder, afinal, ainda estava pensando em seu sonho)
ELA: Tá… Tá tudo bem sim.
ELE: Hum…
(ela escuta um barulho, e fica
com medo)
ELA: Amor…
ELE: Fala, princesa.
ELA: Tô com medo. Que merda.
Que coisa mais infantil.
(ele ri, fazendo-a se distrair e rir também) Passam
dez minutos conversando, de repente ela escuta alguém bater na porta.
ELA:
Amor, tem alguém aqui, vou desligar.
ELE: Ei, espera.
ELA: O que foi?
ELE: Abre a porta pra mim?
ELA: O que você tá fazendo aqui?
ELE: Não
disse que tava com medo? Então, vim dormir com você, e te proteger, bobinha.
(ela fica vermelha)
ELA: Idiota.
ELE: Linda.
ELA: Besta.
ELE: Ei amor.
ELA: O que foi?
ELE: Abre a porta… Tá frio aqui fora
sem você
Ele: amor
tenho 2 coisas
pra falar..
tenho 2 coisas
pra falar..
Ela:eu tenho uma.
Ele:deixa eu começar..
Ela:não a minha é mais importante !
Ele: tudo bem fala amor ,mas sabe eu te
amo !
Ela:acho que depois disso não
.
Ele:deixa eu começar..
Ela:não a minha é mais importante !
Ele: tudo bem fala amor ,mas sabe eu te
amo !
Ela:acho que depois disso não
.
Ela:então,
sabe o marcos do time de futebol da
escola,aquele garoto
lindo,então
eu
ti trai,ele me deu uma carona e
agente foi para casa dele, você
sabe
que eu sempre fui afim dele. Agora ele
quer ficar comigo,
me
descupa mais ele é lindo tem um carro,e você é
pobre,anda de
bicicleta
, seu pai é médico do time da escola ,
não tem um
bom salario e
você não tem um futuro sabe e eu quero ser rica.
Ele: ah , mas pelo menos usou camisinha ?
Ela: há na hora eu esqueci disso . mais
você não ta
nervoso,triste... ?
sabe o marcos do time de futebol da
escola,aquele garoto
lindo,então
eu
ti trai,ele me deu uma carona e
agente foi para casa dele, você
sabe
que eu sempre fui afim dele. Agora ele
quer ficar comigo,
me
descupa mais ele é lindo tem um carro,e você é
pobre,anda de
bicicleta
, seu pai é médico do time da escola ,
não tem um
bom salario e
você não tem um futuro sabe e eu quero ser rica.
Ele: ah , mas pelo menos usou camisinha ?
Ela: há na hora eu esqueci disso . mais
você não ta
nervoso,triste... ?
Ele: não,
mas agora posso
contar as minhas coisas !
mas agora posso
contar as minhas coisas !
Ela: pode !
Ele:
sabe
aquele R$ 2,00 que sobrou do nosso sorvete ?
Ele:
sabe
aquele R$ 2,00 que sobrou do nosso sorvete ?
Ela :eu sei,viu você
conta moedas,o marcos disse
que vai
me levar jantar fora hoje .
Ele:huum,então
eu joguei na mega sena da virada e
ganhei 150 milhões, e eu
ouvi
meu
pai falando que o exame do marcos deu
positivo ele tem AIDS e tem
mais
o carro era roubado,ele ta preso
agora,torça pra não estar
gravida..
Ela:
e agora o que eu vou fazer?!?!!?
Ele: sabe aquele
amor que eu ti dei ?
Ela: sei , o que tem?
Ele: pega ele e manda pro
espaço
#Toma
Dinhero não é tudo Trouxa!
que vai
me levar jantar fora hoje .
Ele:huum,então
eu joguei na mega sena da virada e
ganhei 150 milhões, e eu
ouvi
meu
pai falando que o exame do marcos deu
positivo ele tem AIDS e tem
mais
o carro era roubado,ele ta preso
agora,torça pra não estar
gravida..
Ela:
e agora o que eu vou fazer?!?!!?
Ele: sabe aquele
amor que eu ti dei ?
Ela: sei , o que tem?
Ele: pega ele e manda pro
espaço
#Toma
Dinhero não é tudo Trouxa!
OS FILHOS DE NINGUÉM
Estava com uma amiga numa
cafeteria - na parte externa -, quando se aproximou um mendigo pedindo vinte
reais. Estranhamos o negócio, pois mendigo pede é troquinho, não estipula
valor. Pensamos logo que usaria o dinheiro para comprar bebida. Pensando assim,
chamamos o garçom e pedimos para alcançar um sanduíche e refrigerante para o
mendigo. Ao perceber tal atitude, o homem ficou indignado: eu não pedi comida,
pedi dinheiro!. E gritando.
Ué!! Que mal fizemos? Ficamos meio
bobas, não esperávamos aquela atitude. Aliás, não esperávamos atitude nenhuma.
Apenas pretendíamos dar de comer a alguém que parecia estar com fome. Mesmo
assim, pegou o sanduíche e se afastou
reclamando. Não foi Bobo.
Não demorou para que outro mendigo
se aproximasse e também pedisse dinheiro. Resolvemos, então, dar uns trocados e
nos dirigimos para dentro da cafeteria. Mas naquele momento ficamos
estarrecidas: um pouco afastados, os dois mendigos se agrediram a socos. Uma
viatura da Brigada - que passava - parou e acabou com aconversa.
Então ficamos pensando: se
tivéssemos dado dinheiro ao primeiro, talvez aquilo não tivesse ocorrido; e se
tivéssemos dado de comer ao segundo, não teria sido melhor? Poxa, que confusão
arrumamos...
Mas, aquele ato não foi coisa de
bandido ou delinquente; foi desespero e revolta de pessoas miseráveis e
esquecidas. Não está difícil de perceber que essa gente está totalmente
desamparada e cada vez mais revoltada com sua situação. E nós, por outro lado,
mais assustados do que nunca.
Lembro do dia em que ofereci
algumas roupas a uma moradora de rua. Ela não fez questão, tinha muita roupa,
pediu dinheiro!
- Ops!! Você não quer roupa para
seus filhos??
Fiquei desconcertada, nunca tinha
visto aquilo. Não sei mais o que pensar e o que fazer: ajudo ou não ajudo? Se ajudo
posso ser agredida; se não ajudo sou omissa e desumana. Realmente a coisa tá
difícil.
Apesar do Brasil aparecer - no
conceito do PIB – como a 6ª economia do mundo, e segundo o FMI deverá
ultrapassar a França até 2015, nada modifica quando falamos das desigualdades
sociais. Estas, estão marcando território na base do desespero nas maiores
cidades do país, onde são vendidos milhões de carros, de laptops, iPhone, iPod,
tablets e televisões de última geração. O povo está consumindo mais, mas
conseguindo menos benefícios sociais. Não entendo.
Com todos esses avanços ainda não
arrebatamos o título de nação desenvolvida, ainda somos emergentes apesar de
estarmos aparecendo bastante no cenário mundial com bom crescimento. Mas faz
uma eternidade que nossos problemas sociais estão se avolumando. Ou estou
enganada?
Bem, mas enquanto isso, um monte
de Aves raras - que são eleitos por nós - preocupam-se com coisas particulares,
que nada acrescentam à Nação, usando dinheiro público que poderia ser investido
para aliviar a vida desses miseráveis. E dar um pouquinho mais de segurança
para nós.
Entra ministro, cai ministro; mais
as temporadas de secas, enchentes, bueiros entupidos, morros desmoronando,
edifícios desabando, caixas de Bancos explodindo, hospitais superlotados, a
polícia mal remunerada, professores insatisfeitos e agredidos e o SUS com seus
infindáveis problemas... Está difícil o nosso verde e amarelo...
Mas creio que está tudo lindo
nesse país alegre e tropical, com um rico futebol e um luxuoso carnaval para
alegrar o povo. Aliás, alegrar o pais mais feliz do mundo - segunda estatística
da Fundação Getúlio Vargas. Confesso que perdi o significado de felicidade.
Mas, enquanto alguns se apropriam
das coisas alheias, outros se esbofeteiam em lugares públicos , insatisfeitos,
famintos e infelizes. Caramba: não quero ser ferina nem irônica... mas que mais
eu poderei fazer se delego meu voto e quase nada do que se espera acontece? A
paciência tá em extinção.
Amo meu país, mas é bom lembrar
que milhares de brasileiros estão esquecidos, dormindo ao relento nos dias de
chuva e frio. E governos indiferentes, gastando bilhões em coisas que nem quero
falar, que não são nossa prioridade.
Mas chegará um dia que estes
pobres morrerão desamparados; poucas são
as probabilidades de serem socorridos a tempo. São os filhos de ninguém.
- Tais Luso de Carvalho
SOLTANDO A LÍNGUA...
- Tais Luso de Carvalho
Sou uma pessoa com um estômago meio embrulhado e a imaginação
fértil demais. Meu velho pai já dizia isso. Aliás, o que tem me incomodado
muito em certas situações.
Há pouco tempo vi um documentário,
sobre turistas, e dei de cara com uma criatura engolindo um polvo vivo
(polvinho): colocava a cabeça do bicho num molho apimentado e mandava! Os
tentáculos do animal ficavam se debatendo na boca do seu predador, o coitado
não queria ir pro brejo. Fui direto para o banheiro com a maior ânsia do mundo.
Vi que o turista - que era brasileiro - ficou na pior, com o bicho entalado.
Turista só se mete em fria - quando come
o que não conhece.
Mas é comum passarmos por situações
inesperadas, e que muitas vezes nos deixa na bobeira. Ontem fiquei numa saia
justa. Mais uma. Como diz o ditado: nada é novo, tudo se repete ou se
transforma. E sei disso, mas entrei na fria por curiosidade.
Combinei com uma amiga de nos
encontrarmos numa confeitaria, aqui no bairro, para pôr o papo em dia.
Sentamos. Pedimos a mesma coisa: chá, torta
e alguns docinhos - camafeu de
nozes e outros. Parecia que tudo ia dar certo, defronte ao lindo parque.
Porém, com o andar da carreta veio
o inusitado. Não sei por que cargas d'água minha amiga começou a falar no seu
aparelho ortodôntico móvel – e que dormia com ele. Contou-me que assistiu uma
entrevista de um médico relatando o
tanto de coisas estranhas que as pessoas engolem. Dado a isso, ficou com receio
de usar o seu aparelho à noite, e engolir o medonho.
Até aí tudo bem, eu continuava
firme na minha torta. De repente ela resolveu avançar o sinal do bom senso e a
contar o que as pessoas engoliram, no relato do médico: moedas, dentes,
band-Aid, dentaduras, baratas...
- Péra!! Puuutz... Baratas?
- É, a mulher levou um copo
d'água, à noite, e bebeu sem ascender a luz...
- Mas eu faço isso todas as
noites! Devo ter engolido uma montanha de cupins. Caramba!
Porém, eu podia ter encerrado por
ali, numa boa, mas veio a curiosidade...
- Mas e a dentadura?? Era mulher?
- Sim, era. Mas o troço não
desceu, ficou entalado! Esqueceu de colocar no copo...
Ufff, ficou muito difícil pra mim
olhar aquele camafeu de nozes... Estava um tanto enauseada. Cadê a coragem? Sei
que sou extremamente criativa em imagens, desenvolvo e pinto as coisas com um
realismo absurdo: a mais real das baratas; a mais real das dentaduras!
Mas lá pelas tantas, interrompi a
narrativa e disse à minha amiga para me contar o resto depois, lá fora... Mas
certas pessoas não entendem, precisam de uma sacudida para falarem as coisas na
hora certa. Sei que vacilei no quesito dentadura, mas a curiosidade foi forte.
Consegui comer o camafeu
bloqueando todos os meus sentidos, mas desgraçadamente lembrei do polvo
mergulhado num molho e se debatendo na boca daquele infeliz turista brasileiro.
Passei mal.
MUNDO REAL / MUNDO VIRTUAL...
- Taís Luso de Carvalho
Hoje, sem querer, veio à minha
mente antigas amizades. E com elas vieram algumas saudades. Cresci brincando
com bonecas, cresci moleca, fui criança: não cresci na frente de um monitor.
Sou da época de uma Porto Alegre
mais alegre onde as pessoas tinham cara de mais amigas, pareciam mais felizes;
sou da época dos hippies que, com todos os seus defeitos, tinham como símbolo a
paz e o amor.
Sou da geração em que se fazia
música de protesto, de amor e de indignação. Que começava a amar com um pouco
mais de formalidade. Parecia uma época mais romântica.
Tenho saudades, também, dos
caras-pintadas de outrora - que militavam através da união de estudantes e dos
peitaços do povo. Havia gente com ideal, que pensava em transformar o mundo.
Até se acreditava!
Sou de uma época em que se seguia
uma trilha: namorar, esperar, amar. E, simplesmente, tínhamos tempo para pegar
o travesseiro, chorar e fazer um drama pela dor de amor. E tínhamos um ombro
amigo para nos consolar: uma amiga sempre presente, ali do lado.
De uns anos pra cá a coisa mudou,
e muito. A página virou: entrou a amizade virtual. Não sei a dimensão disso
ainda; até que ponto o coração pode pulsar. Nossos filhos é que sabem lidar melhor com essa tecnologia toda,
enquanto nós indagamos o tempo de duração de um amor ou de uma amizade.
Certas coisas geram desconfianças,
é natural: falta o olho no olho, a postura... Nada é muito certo. Adolescentes
gastam horas: gente indo e vindo dos Chats, dos Orkuts, do Messenger, do
Facebook passando informações - nem sempre corretas - ou dizendo pouco. Mais
tarde, num breve encontro, o amigo e a menina linda, em pouco tempo se
distanciam: na real, viram que não era bem aquilo que esperavam...
Sinto uma ânsia de gente em busca
de milhares de amigos; de conhecer muita, muita gente na área virtual, e que na
verdade não sabemos o que vamos fazer com tantos amigos. Centenas de amigos. Se
entrar na casa dos milhares é um feito! Explode uma euforia.
Temos acesso a todos os cantos do
planeta; falamos com gente do mundo inteiro, mas custamos a visitar um parente ou a levar
nossa solidariedade a um amigo hospitalizado na mesma cidade. Desacostumamos
com atitudes mais próximas, com emoções concretas dividindo o peso da vida ou
alegres momentos.
Corremos pra telinha pra dar a
última notícia, postar a mais recente foto
da Vip com seu bocão, postar
nossa indignação, coordenar campanhas, auxiliar ONGs e a coordenar nossos
pensamentos. Isso é ótimo, faz parte dos novos tempos. Podemos falar de tudo e
isso é muito bom, não resta dúvida que esta liberdade é maravilhosa.
Mas, apesar disso tudo, por vezes
fico confusa. Esta tecnologia permite o que nunca se cogitou; o que nunca sonhamos. Também sou uma virtual, mas uma
virtual sempre pisando em ovos... procurando usar o tato e a cautela.
Que bom se todos nós pudéssemos
adivinhar os resultados desse mundo novo; desse imenso e ainda misterioso mundo informatizado que dirige nossas vidas e que nos faz dependentes
de seus tentáculos.
Algo de bom já foi conquistado: o
mundo virou uma aldeia onde não há mais segredos, onde não se consegue esconder
nada, onde nos comunicamos em segundos, onde tudo que procuramos podemos achar
num piscar de olhos. Sei que tudo se tornou tremendamente simplificado. E
conquistamos mais tempo, diante desta gigantesca informatização.
Não tem volta, ao contrário,
teremos sempre novidades e mais avanços... Mas estaremos cada vez mais
expostos. Essa é a questão!
CARPINEJAR - Falando de Amor
casal enlaçado / Jean Pierre
Augier
- Tais Luso de Carvalho
Hoje trago para meu blog um texto
que gostei muito: uma crônica do poeta, cronista, jornalista e professor
Fabrício Carpinejar: escritor arrojado, moderno e sem medo de mostrar ser
possuidor de uma alma sensível. Escreve de uma maneira deliciosa.
Com vários livros publicados,
Carpinejar também escreve no jornal Zero Hora de Porto Alegre.
Vencedor do Prêmio Jabuti (2009)
com o livro Canalha!.
Mulher Perdigueira - ganhou o
prêmio Açorianos (2010).
O Amor esquece de começar (2006),
Borralheiro (2011).
É filho do poeta Carlos Nejar -
membro da Academia Brasileira de Letras.
Fiquem com a crônica e me digam se
não é bem assim quando se ama: quando se ama verdadeiramente, o outro passa a ser a
nossa prioridade.
DORMINDO SEMPRE JUNTOS, NA MESMA
HORA
(Carpinejar)
Quando sua companhia se levanta,
rola para cheirar o travesseiro dela? Você é apaixonado por dividir, desculpe
informar. É constrangedor confessar a dependência, mas não resta alternativa.
Nunca será mais sozinho. É uma
simbiose amorosa por dentro das lembranças, dos hábitos, que surge no modo de
repartir uma tangerina e pôr o açúcar no café. Uma necessidade de primeiro
servir para depois saciar as próprias ansiedades.
Entregou os pontos ao abandonar
seu horário para dormir. Renunciou ao livre-arbítrio no momento de atender ao
chamado sedutor de sua esposa.
- É tarde, te espero?
Aquela desistência foi fatal. Pode
ter classificado o gesto como uma exceção, só que gostou de verdade, gostou
imensamente de adormecer com sua mulher. Ambos apagando o abajur em igual
instante, depois de ler, de rir, de brincar. Sincronizaram o relógio dos
batimentos cardíacos e nunca houve mais atraso de beijo.
Amor eterno é quando um não
consegue mais dormir sem o outro. Simples assim. Deseja descansar, convoca sua
mulher na sala.
- Vem, tá na hora!
E ela, que estava envolvida com um
filme ou um programa de tevê, nem reclama, nem diz mais um minutinho, ajeita os
ombros no cobertor do seu abraço e segue junto.
Lado a lado no espelho do
banheiro, escovam os dentes, ajeitam o rosto, colocam roupas folgadas. Reina
uma sincronia dos movimentos, uma disciplina na admiração. Alguns até confundem
com tédio, porém, é intimidade: não precisa falar para se entender. Se silêncio
com ódio é submissão, silêncio com ternura é concordância.
Escoteiros do casamento, entram no
mar branco dos lençóis cada um do seu lado: ela pela margem esquerda, ele pela
margem direita. E centram os corpos para fazer conchinhas encostando as
cabeças.
Um casal apaixonado ocupa menos do
que uma cama de solteiro: terminam agarrados, sobrepostos.
Você se dá conta de que não deita
mais sozinho há décadas. É uma compulsão olfativa. Está no escritório
trabalhando de madrugada e ela abre a porta para convidá-lo:
- Vem, tá na hora!
E não estranha a ordem, obedece,
sequer medita sobre o motivo da adesão. Vai sem preguiça alguma, sem aviso de
bocejo, ainda que não esteja com vontade, ainda que tenha uma porção de tarefas
e problemas a resolver. Larga as urgências pela metade e se prontifica a
acompanhá-la.
Casal quando se ama dorme na mesma
hora. E não suportará morrer longe. O sonho é também morrer na mesma hora. Com
as respirações próximas.
DA PRA SER FELIZ ?
por Taís Luso de Carvalho
Li, há algum tempo, a crônica de
um jornalista falando de sua decepção ao abordar, em seu espaço, assuntos
relevantes como a educação, a cultura, a exploração do trabalho infantil e a
política no Brasil. Sentiu, ele, a sensação de que todos esses temas passam
despercebidos por seus leitores. Seu desespero foi tanto que teve um surto e
resolveu atacar os cachorros. Sua caixa postal eletrônica estourou. ‘Encontrei
a formula do sucesso’ - disse ele. Mas isso tudo é próprio de seu estilo
irreverente. Gozação. Contou que falar mal da cachorrada supera qualquer papo
sobre futebol, e que atiçar os cachorreiros causa revolução.
Estou aqui, sentada em frente ao
monitor, escutando ‘Soy Como Toda Mujer’, de Maria Martha Serra Lima - certas
músicas me emocionam e me entristecem. Meu objetivo era desenrolar o assunto
por outro ângulo, indo por outros caminhos, mas estou mudando de rumo. Talvez a
música esteja me fazendo pensar mais profundamente; esteja me dando mais
indícios para entender a alma humana.
Em geral, quem tem um animal de
estimação tem para onde canalizar sentimentos frustrados. Animais não nos
ofendem e, muitas vezes, nos mostram o quanto nós, os humanos, somos mal
resolvidos ou mal intencionados. Temos muitas qualidades, por certo, mas somos
muito complicados, quase indecifráveis.
Dá pra ser feliz:
Quando somos tachados de loucos
por sermos diferentes?Quando somos tachados de egoístas por cuidarmos da nossa
vida?Quando somos tachados de intrometidos por tentarmos ajudar os
outros?Quando somos tachados de displicentes ao levarmos a vida com
leveza?Quando somos tachados de ‘general’ por querermos disciplina e ordem no
pedaço?
Dá pra ser feliz, se para sermos
chamados de ‘amigo’ temos de ceder ao que achamos errado, ou emprestar nossos
ouvidos para servirem de receptáculo, apenas? Amizade é troca de afeto, é
respeito e solidariedade. É chegar na hora certa. Até ficar calado! Silêncio
não magoa. Por isso queremos tão bem aos animais. Em certos momentos é bom ter
um ombro amigo, silencioso. Mas é difícil; geralmente as pessoas têm um bocão!
E eu aqui, escutando esta linda
música, abro minha alma na ânsia de obter respostas para uma vida tão efêmera…
O que vim fazer, para onde vou, qual é o seu sentido? Ah, se eu soubesse a
resposta! Fico a olhar minha casa cheia de quinquilharias inúteis, que consumo
na ânsia de ser sempre feliz. Olho ao meu redor e o que vejo? Atitudes
mesquinhas e pseudo-amigos - poucos são verdadeiros. Não serei eu também
mesquinha e cheia de defeitos aos olhos dos outros? Dá pra ser feliz?
Vivemos insatisfeitos porque não
temos paz; convivemos com a violência gratuita e com a falta de perspectiva.
Muitas vezes ficamos estarrecidos diante da violência presenciada nas ruas, e
nada fazemos por medo de represália. Vivemos um caos; matamos pelo simples ato
de matar; vivemos numa sociedade de revoltados cujas causas sociais são
visíveis, e, infelizmente, para nós, insolúveis. Dá pra ser feliz?
Entendo a tua caixa de e-mails
lotada, jornalista! É tão fácil clicar no ‘Aurélio’ e colocar a palavra carência,
egoísmo, hipocrisia… Dá pra ser feliz? Neste momento olho para o tapete: ao pé
de minha cadeira está meu cachorro dormindo… Eu preciso de silêncio, e ele me
dá. Neste momento, estou feliz. Temos momento
Nenhum comentário:
Postar um comentário